Na maioria das vezes, Tite leva na boa a expressão “empatite”, utilizada quando seu Corinthians engata sequência de empates. Mas, na última delas, o treinador não reagiu muito bem à brincadeira e lembrou a conquista do Campeonato Paulista como argumento.
“Até não sabia… Voltou (o ‘empatite’)? Voltou depois de um título, pelo menos. Continuem falando, vamos continuar ganhando. E segue o baile”, respondeu, na sexta-feira à tarde, sem perder a pose e a esportiva.
O título citado por ele foi, na verdade, o recomeço da virose. Campeã estadual com 1 a 1 diante do Santos, na Vila Belmiro, a equipe emendou o mesmo placar nos três compromissos seguintes: nas oitavas de final da Libertadores (contra Boca Juniors) e nas duas primeiras rodadas do Brasileiro (Botafogo e Goiás). Em todos, depois de ter saído em desvantagem no marcador.
O assunto incomoda o treinador por, segundo ele, encobrir pontos positivos de seu time, como o alto número de oportunidades de gol – não convertidas por Alexandre Pato, Guerrero e companhia nas últimas partidas.
“Vamos falar daquilo que eu gosto como conceito. O que é ataque?”, rebateu. “Prefiro falar em uma equipe que, nos últimos cinco jogos, só não fez gol contra o São Paulo, que criou bastante. Falta transformar isso em gol. Vejo que a responsabilidade é da equipe toda em finalizar, em ser efetiva”.
Além de cobrar melhor pontaria de todos seus jogadores, Tite alertou o elenco – antes da partida deste domingo, contra a Ponte Preta, no Pacaembu – quanto aos gols sofridos a partir de bola parada. Redobrar a atenção atrás e na frente pode ser a simples cura da recente sequência de empates na temporada.
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